Conhecimento tradicional e social de plantas medicinais, com ênfase em: Arnica.

 O uso de plantas medicinais no Brasil tem-se inicio com a população indígena nativa, que fazia uso de recursos naturais para tratar enfermidades. A flora brasileira proporciona ao homem uma infinidade de plantas com valores medicinais. Na natureza encontra-se uma rica fonte de ervas que pode auxiliar no tratamento e prevenção de vários males. A sociedade sempre esteve muito ligada à natureza e buscou neste meio uma flora medicinal de suma importância, isso se deve ao fato de seus princípios ativos serem capazes de aliviar dores ou curar doenças por meio de suas ações farmacológicas. Se nossos ancestrais contavam apenas com o conhecimento empírico, nós, hoje, dispomos de pesquisas científicas que

comprovam as propriedades medicinais de várias plantas, atestando, em alguns casos, sua eficiência.

 

Entretanto, do ponto de vista do consumo, é importante ressaltar que, ao contrário do que muitos imaginam, algumas plantas fazem mal à saúde. Nunca se devem usar plantas ditas medicinais para uso sem que antes se tenha certeza de sua origem e seus possíveis efeitos. Nenhum tratamento deve ser feito sem o prévio conhecimento da planta a ser utilizada.

 

Há plantas em que o seu principio ativo varia de acordo com a idade e o estágio de seu desenvolvimento, por isso é necessário coletar o material vegetal, que possui a substância capaz de agir com efeito medicinal. A escolha das espécies certas, boas práticas de cultivo e de colheita são de fundamental importância. Lembrando que cuidados especiais como qualidade de água, solo, adubação e o uso de agrotóxicos, também devem ser considerados.

 

Outro fator importante, é que se for divulgado a importância dessas plantas poderemos aumentar a preservação ambiental com a conscientização sobre o modo correto de manuseio e dosagem destas, fazendo com que as duas partes sejam beneficiadas. Muitas plantas medicinais são danificadas ou ignoradas por uma população que não possui o conhecimento do potencial terapêutico presentes nas substâncias que estas produzem e que são capazes de servir ao homem como remédio. Porém, a dose pode ser prejudicial ao organismo,  por isso sempre deve ser consultado um conhecedor da planta a ser usada, para que este confirme os benefícios das plantas medicinais a serem usadas.

 

 Dentro das plantas medicinais, a arnica é amplamente utilizada na cultura popular para tratar equimoses, infecções internas, externas e acelerar cicatrizações. Desde sua descoberta, a arnica é utilizada de diferentes formas como: chás, pomadas e a infusão da planta em álcool. Sendo uma planta altamente funcional e fácil de ser encontrada.

 

 A Arnica também tem sua importância cultural, onde ela participa ativamente de alguns rituais de religiões de descendência Africana e em algumas simpatias. Na umbanda Arnica é uma erva conhecida por afastar a negatividade e pertence ao orixá Ogum, sendo usada em “banhos de descarrego” com o intuito de limpeza espiritual e em defumação, que com a queima da erva tem a função de modificar a energia existente no ambiente para equilibrá-lo de acordo com a necessidade.

 

 O uso de plantas medicinais não deve ser indiscriminado. As plantas medicinais e seus princípios ativos podem trazer inúmeros benefícios para o bom funcionamento do corpo humano auxiliando, até mesmo, na diminuição de medicamentos químicos e tornando os naturais cada vez mais procurados e utilizados pelo ser humano. É evidente a necessidade de validação de seus verdadeiros potenciais terapêuticos relacionados ao uso com finalidade medicinal, bem como os efeitos indesejáveis causados pelo uso indiscriminado.

Foto tirada no Mercado Central de Belo Horizonte, loja de ervas e plantas medicinais.
Foto tirada no Mercado Central de Belo Horizonte, loja de ervas e plantas medicinais.

Texto de: Ana Luísa Frois da Cunha; Ana Luiza Rocha  Martins; Clara Moretzsohn Oliveira Póvoa Fernandes; Luísa Lins Cardoso; Reanthony Lísias da Silva; Rita de Cássia Rodrigues da Silva.

 

Orientador: Professor Ricardo Ferreira Ribeiro